Sob gestão de Guedes, fundos de investimentos podem ter pago R$ 385 milhões indevidamente

Auditorias realizadas pela Funcef, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), apontam que, sob a gestão do atual ministro da Economia Paulo Guedes, os fundos de investimentos em participações (FIPs) que geriam recursos de instituitos de previdência complementar e pensão de empregados de estatais pagaram, sem justificativa técnica adequada, R$ 385 milhões de ágio para aquisição de empresas. A notícia foi dada em primeira mão pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira, 6 de junho. 

 

Os investimentos foram feitos com recursos dos fundos de pensões patrocinados por estatais, entre eles estão Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, Postalis, dos Correio, Petrus, da Petrobras, além do BNDES Participações. No total, entre os anos de 2009 e 2014, as FIPs montadas por Guedes receberam R$ 1 bilhão em recursos advindos desses fundos.  A principal suspeita, baseada no relatório da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), é que o ministro tenha obtido ganhos excessivos com os negócios, em detrimentos dos cotistas dos fundos de investimento.   

  

Conforme apontou a reportagem, um dos fundos, o Brasil de Governança Corporativa, desembolsou R$ 278 milhões em uma transação de compra de ágio de participações de quatro empresas que, juntas, tinham o patrimônio avaliado em R$ 210 mi. O BR Educação, do mesmo grupo, pagou R$ 107 milhões por três companhias avaliadas em R$ 73 mi. 

   

A suspeita de fraude também é investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

 

 

Imagem e informações: Folha Press