Em reunião com ministro da CGU, Sindicato cobra realização de concurso

 

A primeira reunião do Unacon Sindical com o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, após a sua recondução ao cargo, foi norteada pelo diálogo franco para tratar de assuntos de interesse da carreira de Finanças e Controle, que, com a transição de governo, estavam em stand-by. Todos os membros da Diretoria Executiva Nacional (DEN) e o presidente do Conselho de Delegados Sindicais, Filipe Leão, participaram do encontro, que contou também com a presença do chefe de gabinete, Janildo Soares, e do secretário-executivo do órgão, José Marcelo de Carvalho.

 

Para iniciar a conversa, a DEN cumprimentou o ministro pela recondução ao cargo, pela atuação em prol da manutenção do status de ministério e, por fim, pelo resgate da nomenclatura original da CGU. 

 

Dando início à pauta, o primeiro tema em debate foi a realização de concurso para Auditor (AFFC) e, principalmente, para Técnico Federal de Finanças e Controle (TFFC).

 

O próprio ministro ressaltou que o déficit de pessoal se acentuou nos últimos anos e, atualmente, a CGU conta com, apenas, 38% do efetivo previsto em lei. Sobre o encaminhamento do pedido de concurso ao Ministério da Economia, ele informou que o assunto já foi levado ao ministro Paulo Guedes, durante uma conversa prévia, mas que pretende encaminhar um estudo detalhado. “Vamos demonstrar que concurso para a CGU não é gasto, é investimento. Com R$ 80 milhões de orçamento podemos garantir o retorno de R$ 5 bilhões aos cofres públicos”, afirmou Wagner Rosário, ao citar os resultados expressivos que o órgão tem alcançado nos últimos anos.   

 

O vice-presidente do Unacon Sindical, Daniel Lara, questionou qual será a proporção de distribuição de vagas para cargos da carreira, ao lembrar o risco de extinção que corre o cargo de TFFC. A preocupação, no entanto, foi afastada pelo ministro. “Queremos colocar um número significativo de vagas para Técnico. Já está bem maduro, dentro da Casa, que alguns cargos têm de ser ocupados por TFFC”, disse. 

 

A repercussão das restrições trazidas pela Instrução Normativa 02/2018 (IN) nas atividades sindicais também esteve em debate. O tema foi abordado pelo presidente do Conselho de Delegados Sindicais (CDS), Filipe Leão. 

 

“Estou à frente do órgão em nosso Sindicato que mais sofre com os efeitos dessa medida, pois, com as restrições, as reuniões do Conselho, que são realizadas semestralmente, podem ser comprometidas”, ressaltou Leão.

 

Para buscar um consenso e garantir a continuidade do trabalho, sem prejuízo aos servidores que ocupam cargos de dirigentes sem liberação sindical, o Sindicato se comprometeu a encaminhar uma proposta com a redução da carga horária do evento.

 

Já em relação à realização do III Congresso Nacional de Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Conacon), que está suspensa em face da IN 02, o secretário-executivo, José Marcelo de Carvalho, se comprometeu a avaliar a proposta do evento e garantir a liberação dos servidores, desde que o tema seja compatível com a política de capacitação funcional do órgão.