Segunda reunião do Conselho de Delegados Sindicais de 2018 inicia com avaliação de conjuntura

 
As perspectivas para o futuro do Serviço Público, da carreira de Finanças e Controle e dos órgãos supervisores foram o eixo dos debates durante o primeiro dia da reunião do Conselho de Delegados Sindicais (CDS) nesta quarta-feira, 7 de novembro. A análise de conjuntura levou em consideração medidas adotadas pelo atual governo, como as Instruções Normativas nº 01 e 02/2018 e a postergação do reajuste previsto em lei, bem como as sinalizações da equipe do governo eleito. 
 
Para Luiz Alberto Vieira Filho, delegado sindical do Distrito Federal, a avaliação é extremamente relevante neste momento.“Compreender aquilo que está à nossa frente é fundamental para que possamos atuar pelo fortalecimento, tanto da carreira quanto da Controladoria-Geral da União e do Tesouro Nacional.” 
 
O presidente do CDS, Filipe Leão, ressaltou que os servidores devem enfrentar desafios para o desenvolvimento do trabalho parlamentar.“O aumento do número de partidos e a redução das bancadas que tradicionalmente atuam em defesa do Serviço Público, podem dificultar a interlocução dos servidores com o Congresso.” 
 
 
DEBATE 
 
Daniel Lara, vice-presidente do Sindicato, frisou que o aumento do número de membros representantes do Tesouro Nacional enriqueceu o debate. “Este é o segundo CDS em que temos a maior participação dos colegas do Tesouro e gostaria de salientar a relevância da contribuição deles para esta instância de debates e deliberações. Assim como a CGU, no cenário que se desenha, o Tesouro também terá desafios pela frente. Por isso, o aumento da representatividade nos dá maior clareza para traçar diretrizes de atuação”. Ele citou também o recuo do presidente eleito de fundir a CGU e o Ministério da Justiça e afirmou que a manutenção do status e das macrofunções da pasta é essencial para o fortalecimento do Controle Interno Federal. 
 
 
PLANO ANUAL DE ATIVIDADES
 
Ainda durante o primeiro dia de CDS, a Diretoria Executiva Nacional (DEN) do Unacon Sindical prestou contas sobre as atividades executadas ao longo do ano de 2018 e apresentou o Plano de Atividades para o exercício de 2019, que foi aprovado pelo Conselho. 
 
Nesse item, o destaque é para atuação contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016. Rudinei Marques, presidente do Sindicato, enfatizou o trabalho conjunto desenvolvido pelas carreiras de Estado e reiterou que a estratégia agora é buscar a abertura do diálogo. “Diante da sinalização do governo eleito de retomar o andamento da matéria, vamos buscar interlocução afim de garantir o amplo debate do tema e a construção de um projeto que garanta o futuro das aposentadorias e seja benéfico para o país”. 
 
A reunião do Conselho de Delegados Sindicais segue até amanhã, 9 de novembro. Nesta quinta, 8, os dirigentes vão deliberar sobre o Regimento Interno do III CONACON, a Reforma Estatutária e apreciar o Orçamento do Unacon para 2019.