DEN participa de sabatinas com candidatos a vice-presidente nesta quarta, 26

O Unacon Sindical participou, nesta quarta-feira, 26 de setembro, de sabatinas com quatro candidatos a vice-presidente. Bráulio Cerqueira, secretário executivo do Sindicato, representou a Diretoria Executiva Nacional (DEN) no evento promovido pelo Metrópoles em parceria com a Articulação de Carreiras Públicas para o Desenvolvimento Sustentável (Arca). Germano Rigoto, vice de Henrique Meirelles (MDB), Sônia Guajajara, vice de Guilherme Boulos (PSol), Ana Amélia, vice de Geraldo Alckmin (PSDB) e Eduardo Jorge, vice de Marina Silva (Rede) foram os primeiros entrevistados. Mais duas rodadas serão realizadas na sexta, 28, com Manuela D’Ávila, vice de Fernando Haddad (PT), e no domingo, 30, com Kátia Abreu, vice de Ciro Gomes (PDT). Todas as entrevistas são transmitidas ao vivo, no site, e pelas redes sociais do Metrópoles: Facebook, Twitter e YouTube.

 

Cerqueira parabenizou a iniciativa. “Diferentemente dos grandes veículos de comunicação, as perguntas da Arca permitiram vislumbrar propostas e posicionamentos sobre questões centrais do desenvolvimento, Estado e serviço público”, elogiou. A Articulação de Carreiras Públicas para o Desenvolvimento Sustentável (Arca), é uma entidade que reúne 12 instituições representativas dos servidores de carreiras da administração direta e indireta, dentre elas, o Unacon Sindical.

 

Financiamento do Estado e da infraestrutura necessária ao desenvolvimento do país, reforma da Previdência, gestão territorial, saúde, educação, reforma trabalhista, matriz energética e redução das desigualdades estão entre os temas abordados pelos entrevistados. “A questão central é saber dos candidatos como o Estado deve se estruturar para empreender um projeto de desenvolvimento sustentável com o objetivo de reduzir desigualdades", explicou Leandro Couto, presidente da Assecor, entidade articulada à Arca.

 

Confira a ordem das sabatinas com os perfis dos vice-presidenciáveis:

 

 

26 de setembro

13h15 – Germano Rigoto, vice de Henrique Meirelles (MDB)

O ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto é vice na chapa presidencial “puro-sangue” emedebista encabeçada por Henrique Meirelles. O candidato tem 69 anos, é cirurgião-dentista e advogado. Foi eleito governador do Rio Grande do Sul em 2003. Tentou a reeleição em 2006, mas perdeu ainda no primeiro turno.

 

De perfil mais neoliberal, o ex-governador gaúcho é especialista em sistema tributário e foi presidente da Comissão de Reforma Tributária da Câmara. Nos últimos anos fez críticas à equipe econômica do governo Temer por considerar não haver o desejo de se implementar uma reforma tributária estrutural. Para Rigotto, o sucesso de uma reforma tributária no Brasil depende do apoio do Poder Executivo federal e de um longo período de transição entre o modelo atual e o desejado.

 

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14h – Sônia Guajajara, vice de Guilherme Boulos (PSol)

Sônia Bone de Souza Silva Santos tem 44 anos e é da tribo Guajajara/Tentehar, que habita as matas da Terra Indígena Arariboia, no sudoeste do Maranhão. Formada em letras e enfermagem, ela é pós-graduada em educação especial. A base de sua militância é o meio-ambiente e começou nas organizações e articulações dos povos indígenas no Maranhão (Coapima).

 

Guajajara tem voz no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e já levou denúncias às Conferências Mundiais do Clima (COP) de 2009 a 2017, além do Parlamento Europeu, entre outros órgãos e instâncias internacionais. Em 2010, entregou o prêmio Motosserra de Ouro para Kátia Abreu, vice de Ciro Gomes (PDT) e então ministra da Agricultura, em protesto contra as alterações no Código Florestal brasileiro.

 

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14h45 – Ana Amélia, vice de Geraldo Alckmin (PSDB)

Senadora pelo Rio Grande do Sul, Ana Amélia, 73 anos, trabalhou durante quase toda a vida como jornalista, dedicada especialmente à cobertura do agronegócio. Ela integra a bancada ruralista do Congresso Nacional e é uma das principais representantes do setor, mas se autointitula combatente da corrupção e pró-saúde da mulher. Foi escolhida por Alckmin como uma tentativa de recuperar votos “roubados” pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) das alas mais conservadoras.

 

A parlamentar defendeu firmemente o impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, e tem um histórico de embates com outros petistas. Em abril, trocou acusações com a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, por conta de uma gravação da paranaense à emissora de TV Al-Jazeera, a favor de uma campanha internacional pela liberdade do ex-presidente Lula, condenado e preso na Lava Jato.

 

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15h30 – Eduardo Jorge, vice de Marina Silva (Rede)

Eduardo Jorge participou da fundação do PT na década de 1980 e foi deputado federal constituinte: exerceu quatro mandatos na Câmara federal. Nas gestões das ex-prefeitas de São Paulo Luiza Erundina e Martha Suplicy, quando ambas eram das fileiras petistas, foi secretário de Saúde.

 

Dirigente do PT por 20 anos, deixou a sigla por “ter perdido a confiança” nos outros líderes petistas. Em 2002, Jorge filiou-se ao PV. Foi secretário do Verde e do Meio Ambiente nas gestões de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (à época no DEM), na Prefeitura de São Paulo. Em 2014, disputou a Presidência da República.

 

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28 de setembro

Horário a confirmar – Manuela D’Ávila, vice de Fernando Haddad (PT)

Natural de Porto Alegre (RS), Manuela D’Ávila tem 37 anos e desde os 20 é filiada ao PCdoB. Sua vida política teve início na década de 90, no movimento estudantil. Dirigiu a União da Juventude Socialista (UJS), organização ligada ao partido, e foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). É filha de uma desembargadora e de um engenheiro e professor universitário. Formada em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), cursou ciências sociais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas não concluiu o curso.

 

Com 23 anos, foi eleita vereadora de Porto Alegre, em 2004. Dois anos depois, foi a deputada federal mais votada no Rio Grande do Sul. Em 2010, se reelegeu para o cargo. Em 2014, tornou-se deputada estadual, também com recorde de votos.

 

 

30 de setembro

11h – Kátia Abreu, vice de Ciro Gomes (PDT)

Psicóloga de formação e empresária agropecuarista, Kátia Abreu é senadora pelo PDT de Tocantins e tem 56 anos. Foi ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ferrenha defensora da inocência da petista, lutou contra seu impeachment.

O PDT é seu sexto partido: antes ela passou pelo PPB, PFL, DEM, PSD e MDB, do qual foi expulsa após críticas contra o presidente Michel Temer e o então presidente nacional da sigla, senador Romero Jucá. Concorreu, sem sucesso, ao governo do Tocantins em uma eleição suplementar em junho de 2018.