Greve Geral contra reformas mobiliza carreira de Finanças e Controle nos estados

O país parou. Um século após a primeira Greve Geral da história do Brasil, promovida em 1917, os trabalhadores deixaram seus postos na última sexta-feira, 28 de abril, em protesto contra as reformas Trabalhista e da Previdência, em curso no Congresso Nacional. Os grandes centros, caracterizados pelo fluxo intenso de pessoas, longos engarrafamentos e comércios movimentados, ficaram vazios. Ao longo dia, pontos estratégicos das capitais foram ocupados pelos milhares de manifestantes que aderiram à greve.  Mais uma vez, Auditores (AFFC) e Técnicos Federais de Finanças e Controle (TFFC) integraram a movimento em defesa do direito à aposentadoria e contra a precarização das relações de trabalho. 

 

Em Goiás, a mobilização foi em forma de assembleia geral e durou por toda a manhã. Jaci Fernandes Sobrinho, delegado sindical do estado, relata que o espaço foi usado para aprofundar o debate sobre o substitutivo apresentado pelo deputado Arthur Maia (PPS/BA). “Dois colegas, que estudaram a matéria mais profundamente, apresentaram os pontos mais prejudiciais aos servidores. A conclusão é unânime: essa reforma é extremamente injusta. Temos que intensificar a pressão e buscar mudanças no texto antes da votação no Plenário. ”

 

Na capital paulista, a movimentação para greve geral começou bem antes. A AFFC Maria Fernanda Campos conta que na regional foram realizadas duas reuniões preparatórias em parceria com outras categorias de servidores públicos federais, que trabalham na sede do Ministério da Fazenda (MF) no estado de São Paulo. “Nos unimos aos sindicatos desses segmentos e criamos um grupo no Whatsapp para divulgar informações e agilizar a mobilização. Agora, vamos continuar utilizando a plataforma, pois a luta continua. ”

 

Os servidores da carreira de Finanças e Controle lotados na regional foram às ruas vestindo coletes pretos que traziam o slogan “Não à PEC do caixão” estampado. Antes, penduraram uma faixa de 14 metros na faixada no edifício com os dizeres “Mais Previdência, Menos Corrupção”. Da sede do MF, seguiram em caminhada até o Largo da Batata, onde somaram-se aos milhares de trabalhadores que participavam do ato contra as reformas.

 

“Fazemos um balanço vitorioso do dia 28 de abril. Para nós foi um marco na construção da unidade com outros servidores públicos”, avalia Maria Fernanda.

 

O ato contra as reformas se repetiu na capital piauiense. "Mais uma vez os servidores da CGU no Piauí deram uma demonstração de unidade e combatividade, participando ativamente dos atos do último dia 28 de abril, contra essas reformas que unicamente visam a extinção de direitos trabalhistas e previdenciários. Vamos continuar mobilizados e enfrentaremos todos esses ataques do Governo aos direitos e garantias dos servidores públicos", afirma o delegado sindical do estado, Eurípedes Rodrigues.

 

Em São Luís, os Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle também participaram de ato público. A concentração foi na Praça Deodoro.  Os servidores levaram faixas contra as reformas trabalhista e da Previdência.  O diretor de Assuntos Técnicos da regional maranhense, Silvio Andrade, subiu ao carro de som para manifestar apoio ao movimento e conclamar os trabalhadores à luta. 

 

Confira na galeria como foram as mobilizações nos estados.