Protagonismo dos servidores públicos marca Greve Geral

Contra a perda de direitos sociais, trabalhadores de todo o país marcaram posição contra as reformas da Previdência e Trabalhista na Greve Geral nacional realizada no dia 28 de abril. Em Brasília, a movimentação na Esplanada dos Ministérios começou cedo. Federações, Fóruns, Centrais Sindicais, Associações e Sindicatos começaram a ocupar o gramado em frente ao Congresso Nacional a partir das 9h da manhã. O ato entrou para a história como a maior greve dos últimos 100 anos.

 

Entre carros de som, bandeiras e cartazes, “Arthur Marajá” e “Marcelo Canetando” se destacam entre os manifestantes. Com uma mala cheia de dinheiro e o discurso de que a reforma é para o crescimento do país, os atores fizeram sucesso ao interpretar os maiores articuladores da reforma da Previdência.

 

O Unacon Sindical dividiu tenda com a Pública, Central do Servidor e o Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate). Além da Diretoria Executiva Nacional (DEN), participaram do ato delegados Sindicais do Distrito Federal, Amazonas, Bahia, Pernambuco, São Paulo e Sergipe.

 

“O movimento de hoje é uma grande resposta da classe trabalhadora aos ataques que o governo e seus aliados no Congresso Nacional e, principalmente, no mercado financeiro estão fazendo com os direitos dos trabalhadores”, avalia Filipe Leão, diretor de finanças do Sindicato.

 

A expectativa é que a Greve Geral do dia 28 de abril resulte em novas manifestações “e, numa crescente, esses atos acabem pressionando o Congresso para que eles revejam algumas posições”, explica Romualdo dos Santos, delegado sindical da Bahia.

 

A transmissão da Greve Geral foi realizada, em tempo real, na página do movimento “A Previdência é Nossa”, no facebook. Os vídeos dos debates estão disponíveis, na íntegra, no canal da Pública, Central do Servidor, no youtube, em quatro blocos. Assista abaixo.

 

 

Com a previsão da reforma da previdência ir para o plenário da Câmara dos Deputados já na primeira quinzena de maio, Alex Gomes, delegado sindical do Amazonas, deixa um recado urgente para a carreira de Finanças e Controle. “Nossos direitos estão sendo subtraídos. Precisamos nos mexer para que algo pior não aconteça. E isso tem que ser agora. Tem que ser hoje. Pode não haver um amanhã para reclamar”, alerta.