DF avança na conquista de apoio ao movimento em Defesa da CGU

Paralisação nacional de 48h nos dias 14 e 15 de junho potencializa o movimento em Defesa da Controladoria-Geral da União (CGU). No DF, servidores foram ao Congresso Nacional nos dois dias. Parlamentares registraram o apoio à manutenção do órgão por meio de fotos e vídeos. Na manhã desta quarta-feira, 15, Márlon Reis, um dos idealizadores e redatores da Lei da Ficha Limpa, participou do ato em frente ao órgão. Correio Braziliense e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) deram cobertura ao ato (veja no clipping).

 

A pedido do Sindicato, Márlon redigiu parecer à representação contra a declaração do ministro Torquato Jardim, no dia 2 de junho. Durante videoconferência transmitida aos servidores, Jardim afirmou que a permanência nos cargos em comissão “pressupõe uma compatibilidade política, filosófica e ideológica de cada qual com o governo de transição do presidente Michael Temer”. A insatisfação da carreira com o recado de Torquato pautou a imprensa (relembre aqui e aqui).  

 

“É com muita honra que digo que este é meu primeiro ato praticado como advogado. Vocês estão defendendo o Brasil. Fico muito feliz de poder colaborar com o movimento”, revelou. Márlon solicitou, há 60 dias, nova inscrição na Ordem dos Advogados (OAB). Ele deixou Judiciário para abrir escritório em Brasília. O encontro foi transmitido, ao vivo, na página do Sindicato no Facebook (assista abaixo).

 

 

APOIO PARLAMENTAR

A Senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) está entre os parlamentares que se pronunciaram em defesa do órgão. “Nossa luta é em defesa da CGU. Conte conosco. O Brasil inteiro apoia e teve muito orgulho da ação de vocês contra o ministro que foi pego falando como se defender das investigações de corrupção. Para que a gente assegure a permanência da CGU é necessária a mesma mobilização que vocês vem fazendo até agora. Nosso reconhecimento e nosso respeito por todos vocês que representam o que de melhor tem no funcionalismo público federal”, disse. A íntegra da declaração está disponível, em vídeo, na página do Sindicato no facebook (assista abaixo).

 

 

PAUTA

O Sindicato trabalha para que o governo revise a Medida Provisória 726/2016. Publicada no dia 12 de maio, a MP tem duração de 60 dias prorrogáveis por mais 60. Além de alterar para ministério da Transparência, Fiscalização e Controle a denominação da Controladoria, a MP retira a vinculação do órgão da Presidência da República.

 

Os servidores abraçaram a causa por entender que o órgão precisa ser fortalecido e as mudanças provocadas não tem qualquer explicação razoável. "A Controladoria vem se consolidando como um órgão de caráter republicano, não importando partidos, crenças, ideologias ou governos. Nossa atuação sempre esteve pautada na imparcialidade e nas razões técnicas. É inaceitável extinguir ou politizar a função de auditoria", esclarece Filipe Leão, diretor do Sindicato.

 

Consulta que aprovou a paralisação de 48h e outros encaminhamentos encerrou no dia 9 de junho (saiba mais aqui). Iniciada na terça, 7, a votação foi prorrogada e durou três dias. O ministro Torquato Jardim está ciente da continuidade da mobilização. O Sindicato comunicou a deliberação na segunda, 13, por meio do Ofício n° 122/2016.

 

Confira, na galeria de imagens, o registro fotográfico com os parlamentares que defendem a manutenção e a vinculação do órgão à Presidência da República.