Sindicato aceita convite para reformulação da capacitação da CGU

Parceria. O Unacon Sindical aceita participar do processo de reformulação do plano de capacitação de servidores da Controladoria-Geral da União (CGU). O convite foi feito pela Assessoria Especial de Gestão de Projetos do órgão na tarde desta quinta-feira, 13 de junho. Filipe Leão e Daniel Lara, diretor e secretário-executivo do Sindicato, respectivamente, representaram a Diretoria Executiva Nacional (DEN) na reunião.

 

A reformulação prevê três eixos de atuação: capacitação de nível técnico; desenvolvimento gerencial e pós-graduação. Os cursos variam de curto (menos de 80 horas), médio (entre 80 e 360 horas) e longo prazo (mais de 360 horas).

 

Daniel Lara se solidariza com a proposta e aceita, em nome da entidade, o convite de integrar o processo de reformulação do plano de capacitação. “Sou suspeito pra falar de capacitação. Gosto muito. E os benefícios vão para além da redação do relatório de auditoria. O servidor que faz uma capacitação adquire bagagem intelectual que irá agregar valor ao trabalho que desempenha. Órgão e servidor saem ganhando”, diz . 

 

A proposta apresentada por Eveline Martins Brito, coordenadora-geral de planejamento e avaliação institucional tem como objetivo central padronizar a linguagem do auditor interno e integrar os servidores de todo o país. A expectativa é pela promoção do sentimento de pertencimento dos servidores ao novo projeto. “Queremos que os servidores de todo o país possam participar. Este será nosso maior desafio”, avalia Eveline.

 

Leão elogiou a iniciativa de abertura do diálogo para a construção da concepção do programa. “Observamos que o atual marco regulatório de capacitação é muito bom. Talvez necessite de um ou outro retoque, mas não muito. O ponto de atenção ocorre na execução, isto é, na aplicação dos conteúdos dos cursos programados, na interpretação das normas, na liberação do pessoal e orçamento projetado. Um curso generalista sobre a Lei de Licitação, por exemplo, pode não ser necessário. Talvez seja mais interessante – tanto para a CGU quanto para o servidor – estudar os casos polêmicos da lei e como a organização recomenda interpretá-la”, sugere. 

 

O dirigente também alertou para a interpretação do marco regulatório. “Se a ideia é incentivar e criar o capital intelectual, não pode haver preconceito sobre os saberes.  Auditorias realizadas no Ministério do Esporte exigem conhecimento de educação física e a filosofia ajuda na construção de hipóteses e na identificação das causas das constatações. Incorporar múltiplos conhecimentos ampliará a efetividade do programa", conclui.

 

O projeto está em fase de diagnóstico e concepção. A previsão é que entre em vigor em 2014. Mas a Assessoria Especial de Gestão de Projetos já registrou as considerações e promete estudá-las. A parceria foi selada com a abertura para o envio de sugestões por email, antes mesmo da próxima reunião com o Sindicato. Jânio Castanheira, chefe da assessoria geral também participou do encontro.